Ultimate Fight Championship, UFC, tem crescido em popularidade no mundo inteiro e conta com vários lutadores evangélicos. O norte-americano Joe Jones, 24, é especialista em MMA (Mixed Martial Arts) e foi o um dos campeões mais jovem da história do UFC. Cristão fiel, ele tem o versículo Filipenses 4:13 tatuado no peito. Em seu Twitter, ele costumeiramente posta versículos bíblicos. Em sua última vitória, no UFC 140, ele atribuiu sua vitória à vontade Deus.
Wanderlei Silva, também lutador de MMA, disse em entrevista ao site Sportv.com que sempre ora e pede a Deus para abençoá-lo antes das lutas. Wanderlei tem uma tatuagem no ombro com a frase “Deus é Fiel”.
Assim como Jon Jones e Wanderlei Silva, todos os lutadores evangélicos do UFC costumam agradecer a Deus pelas suas vitórias. Nas lutas do UFC 142, realizadas no Rio de Janeiro no último final de semana, vários brasileiros foram para o octógono. Embora a TV Globo, que fez a transmissão em rede aberta, não tenha mostrado na íntegra, vários lutadores mencionaram sua fé como elemento importante nas vitórias.
Erick Silva entrou para lutar com o nome de Jesus bastante visível em seu calção. Ao terminar sua luta, agradeceu “Obrigada Senhor, Obrigado Senhor”. Mas os juízes acabaram tirando sua vitória por alegados “golpes ilegais”. Ele nega que tenha atingido a nuca do adversário, mesmo assim não foi para casa com a vitória.
Outro lutador de fé a subir no octógono domingo foi Edson Barbosa Junior. Depois de derrotar seu adversário inglês com um chute rodado no alto, apontou para seus músculos e disse que não por causa deles, mais que fora Deus quem tinha lhe dado à vitória. Ao final do combate, Edson ajoelhou no octógono e gritou: “Eu não fiz nada, quem fez foi Deus”.
Ainda nessa edição do UFC Yuri Marajó Alcântara vence o japonês Michihiro Omigawa por decisão unânime dos jurados. Durante a entrevista ele disse: “Tenho a agradecer a Deus, à galera do Pará”.
Mas possivelmente a grande expectativa da noite estava sobre Victor Belfort, que não lutava no Brasil havia mais de 10 anos. Membro de uma igreja batista, Belfort usa costumeiramente um calção com o nome de Jesus em suas lutas. Em uma entrevista recente, ele explicou como equaciona sua fé e a luta, que para muitos é violência gratuita: “Não é bater, é uma competição” e acrescentou que se converteu em 2004 depois de sofrer a perda de sua irmã, que até hoje não se sabe o paradeiro. “Foi a dor e a angústia de perder minha irmã que me levou a Cristo”.